quinta-feira, 7 de julho de 2011

viro o pó

Acho que nunca vou chegar nas conclusões. Talvez elas nem existam para a nossa inteligência tão pequena. Em falar em pequena, esses dias vi um cara falando sobre o tamanho do universo e quão pequenos somos diante de escala. Pois não é bicho? imagine só se as minhas bactérias quiserem realmente fazer barulho. Eu mais que depressa vou mandar um antibiótico nelas, regado com duas boas doses de cachaça pra acabar com a raça delas. Quem são elas? Quem sou eu? Quem é você que vem para um blog para ler o pensamento de alguém que não dá conta de chegar em lugar algum. E ainda que bem sucessido, que moral é essa? Não é nada. Não tenho nada de novo pra mostrar a ninguém. Quero apenas curtir meus sentidos da maneira mais lúcida e mais prazerosa possível. Quero apenas ser humano no meio disso tudo, sem nenhuma intenção divina. Sem nenhuma prepotência fatalista. Para que tantas filosofias de vida se no fim o que te carrega é você mesmo? Para que se machucar com tantos nadas que passeiam por aí se no fim tudo isso que temos vira pó. Até mesmo as nossas ideias. Onde realmente podemos chegar nesta estrada de mil caminhos se no fim o mundo é redondo? Tudo que eu gostaria, e esse texto é um processo fodido (uma necessidade) de autoafirmação, era não me perturbar com tanta bagunça que me cerca. E veja, amigo leitor, nem são tantas bagunças assim: É uma vontade de ocupar um cargo aqui; Uma necessidade de ganhar um ponto lá; Uma vontade enorme de ser quem não é; Um desejo vorás de fugir de si mesmo. Porque me bagunço também no meio desta bagunça. Porque reflito em Durkheim e suas teorias sobre o homem-o-objeto-do-meio e fico aflito em ser o resultado desta resultante, se no fim nem Durkheim, nem Tolstói, nem Nietzsche mudaram o mundo. Talvez eles tenham morrido com uma lembrança boa de si mesmo, mas o mundo continua aí, com batalhas inglórias e deuses de todas as espécies.  E eu, falho escritor de meia hora insone, tentando não querer pensar mais em nada e desde já derramando um monte de pensamentos controvérsios. É assim que se forma um canibal de si mesmo. No fim: eu viro o pó.

Um comentário:

  1. Já tentou "Aforismos para a Sabedoria de Vida", do Schopenhauer? Estou no fim dele.

    Passei pelo Heideger antes, mas achei endurecido demais pelo tempo. Acho que eu ainda não estava em boa hora pra ele.

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