terça-feira, 21 de junho de 2011

Ah mar

Ando caçando um jeito de ser mais factual. Risos... Não sou como o meu irmão que usa palavras simples pra expremir sentimentos profundos. Pra isso lanço mão das mais complicadas doses do português que aprendi com dois meses de idade para tentar dizer pra alguém que ouve o que quero dizer... Cada um se acha no português que tem. Dentre tantos português de tantas etnias o que não quero mais sentir é que estou mentindo olhando para o mentiroso. Quero um pouco de tranquilidade ao fitar. Desejo inifnitamente os francos e ácidos de coração. Não quero a humildade parca, de profundidade rasa que procura cercear falsamente a vida nossa já tão cheia de tantos disse-me-disses. Quero a profundidade declarada na rispidez de uma atitude verdadeira. O que importa se a transa deste sentimento é o caos, desde que seja a mais pura e fodida verdade.  Estou cansado de pensar no mundo que me rodeia sem poder dizer tudo o que estou explodindo em espinhas que nunca se espremem. Mas está alí o desgosto do dia. São mensagens de facebooks, de tamanho infalivelmente medido para se expressar as dores da rede. Não, não é possível que não me encaixo neste mundarel de vida.. eh ainda que não me encaixa neste fuzuê de coisas, porque então não saio da roda e deixo o rolê de banda? Quero apenas conversar e nesta conversar em que digo Abc o meu interlocutor não entenda Xyz e ainda por cima concorde comigo dentro desta dissonância. Ainda que seja uma confusão do português inicial, nada disso faz tanto sentido. Não posso mais almoçar deste tempero que questiona sempre as mesmas coisas e dores de todos os momentos. É preciso fluidêz de pensamento e tranquilidade na alma deste baiano complexo. É só esse deixar levar cheio de ideias e planos. É só... No meio disso tudo é preciso aguçar a perspicácia pois de um tempo para o outro você é pego nas suas próprias contradições que pra você nem pega tão mal assim. Esse é o labirinto que me rege sem pressa e sem medo... da minha complexidade harmoniosa para os meus próprios culhoes... nem maduro nem verde... amarelo sim de tanta nausea alheia... de tantos e tantos que pra ser precisam me dizer das milhares de façanhas... Ah meu pai... eu só tenho uma bahia para me orgulhar... ainda que esta bahia seja apenas dos meus pais... ah se pudesse apenas ser sem precisar fazer dos meus pequenos desejo inferno na casa alheia...  quero só poder brincar com minhas próprias lembranças de menino e conquistar bolas de sabão em tempos azuis de brincadeiras infantis.. quando crespo na pequena taubaté, a vontade era ser grande, agora penso que pequeno liso nos idos de peralta já era grande e nem sabia... hoje diminui, pois lá nos idos eu não precisava mentir a não ser que fosse para esconder das traquinagens bagunçadas com o irmão... hoje, tudo as claras, tudo obscuramente se cala... ainda que tenha o verbo do maldito português, hoje obscuro meus pensamentos sordido sobre dias que não terminam tão pouco se completam... bora neguinha... bora andar por aí fazendo amor e luz pelas ruas que só veem o que querem ver... bora correr daqui rumo a qualquer lugar... o rio não se pergunta sobre o mar... quando viu: ah mar.


3 comentários:

  1. Gostaria de emitir o som de
    unhas crispando a parede...
    Num primeiro ato você esbraveja,
    sente irritação latente que faz
    reprimir os dentes de tanta incomodação.
    Já em um segundo momento os olhos ganham brilho
    e a sensação é de euforia e prazer.
    Porém,no terceiro instante acabou a folia,
    nem zangado fica mais...
    Tic tac tic tac o relógio continua a andar.
    Na cabeça vem Vieira "Tudo cura o tempo,tudo
    gasta,tudo digere."

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  2. É simone... qualquer coisa assim anda a minha vida. Estes textos são reflexos destas minhas andanças que há muito não passavam por aqui... aliás, há muito não se fazia em lugar algum... nem num guardanapinho bestinha de boteco... sua presença neste espaço é valorosa.. e cada comentário uma esperança. Isso porque todo aquele que quer suicidar mas antes publica no jornal sua intenção, é na verdade um charlatão, pois nele não há vontade alguma de morrer.. risos.. e se escrevo aqui não é para me esconder mas para escutar... do contrário... deixaria tudo no caderno de cabeceira que carrega outras lembranças... esteja sempre.

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  3. Ô Rogério,obrigada pela consideração!!
    Eu gosto muito de trilhar por esse Caminho Soul..Sul..Sol!!!
    Ele traça imagens da sociedade,canta um leve samba que encanta..em outros momentos faz críticas,se questiona e pra equilíbrar emana um mantra...o forte mesmo são as escritas...relatos fictícios e reias de uma pluralidade interessante!!!
    *É legal pq o vc está sempre indagando algo que traz o mesmo para quem lê,que possibita ideias e desejos de respostas...mesmo que fujam do seu contexto...mas a comunicação é bem isso neh...formar,afirmar no seu particular e acrescentar ..tipo.."Eu construo os outros e os outros me constroem."
    *Sobre o limite da rede...olha por outro lado,mesmo em poucos caracteres vc pode dizer o que bem pensa,livremente...sem medo de ser punido e tal...porém a geração hj é instantânea...e se conforta nessa espaço pra ser mais e fazer o tempo se prolongar...coisas do tipo...mas como vc é diferente pode melhor se expressar em espaços como esse onde os interessados certamente ão de vir e "Desafinar no Coro dos Contentes!!
    Namastê!!!

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Não me procure se não for importante