quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Asas de passarinhos

Enquanto acalmam-se os dias de abalos
vou me distraindo com árias perdidas.
perdidos sonhos que se foram com a minha vontade de força.
Há tanto tempo não era poeta, 
Tanto tempo não pensava em meus versos
e agora etílico, arrisco deslizar por entre brumas
que não almeja pisar

Ando por aí pensando em tantas coisas
durmo com a dificuldade do velho que ficou todos os dias deitado em camas irmãs.
Pensado como pensa a mente sã
em meio ao caos que diverte os pedestres cotidianos
estou brincando de ser grande.
Ser aquele que garante uma resposta certa para quem gosta de ouvir respostas certas.

Queria tanto nada disso que me envolvo
queria tanto resposta nenhuma num longo e profundo silêncio,
mas o querer não conversa com as vontades do próprio ser que as tem.

No mínimo louco, passeio por esses bosques
achando toda essa insanidade normal.
Sorrio da minha covarde ousadia, 
porque dos nadas que brinco
asas de passarinhas saltam cantantes e felizes por mim.

Mal sabem a inércia existencial que envolve tudo isso.


Um comentário:

  1. Que nunca digam que somos a resposta pra algo. Ser resposta é muito chato, tedioso. Bom mesmo é ser perguntas! E gastar o tempo em dialéticas, estes ciclos que não se acabam. Saudades!

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Não me procure se não for importante