segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tempo Verbal

Poesia, Poesia...
Porque minha vida nunca se traduziu em outra língua.
Ela é esta antropafagia de mentes humanas:
Minha metamorfose lancinante, intinerante...

Algumas horas tento dar métrica aos pensamentos,
mas como fazer isso com tamanha falta de linearidade?
Saem, fluem, deslizam pra fora sem que eu meça a força e
Me escapa a razão dizendo coisas que não sei se quero realmente dizer...

Apenas traçam minhas nóias.
Histórias que acontecem ou não,
falam sobre as molas
que me impulsionam em noite que não tenho nas mãos.

2 comentários:

  1. Canalizando emoções e transformando em uma sopa de letrinhas.

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  2. Os seus constantes choramingos inconformados (risos) me lembram "Renúncia", de Bandeira. Ei-lo:

    RENÚNCIA

    Chora de manso e no íntimo... Procura
    Curtir sem queixa o mal que te crucia:
    O mundo é sem piedade e até riria
    Da tua inconsolável amargura.
    Só a dor enobrece e é grande e é pura.
    Aprende a amá-la que a amarás um dia.
    Então ela será tua alegria,
    E será, ela só, tua ventura...
    A vida é vã como a sombra que passa...
    Sofre sereno e de alma sobranceira,
    Sem um grito sequer, tua desgraça.
    Encerra em ti tua tristeza inteira.
    E pede humildemente a Deus que a faça
    Tua doce e constante companheira...

    Manuel Bandeira

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Não me procure se não for importante