terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Inundação

Subam mais prédios enormes!
Criem piras invertidas.
Mude a estação do cais,
verticais de minha vida,
que até então reprimida,
não entendia os colossais.

Mas não há de se enganar,
Pois ela canta de galo.
Na natural brincadeira
de mais forte ir os dados.
É uma força de fato
devolvendo ao chão, sujeira,

Pois dela tiram a terra e
Plantam no lugar cimento,
que junto a cal brota alcova.
Se derriba o firmamento,
sobe o pressentimento de
que a terra vire masmorra.

E não tem jeito mais nunca.
Tiram vida desta terra.
Ri por cima de cidades,
onde antes cidadelas.
Se tinhas paixão por ela
transformara-se em maldade.

Suba mais mil arquitetos.
Levante mais edifícios.
Aumente a planta-construção,
Pois com tantos artifícios
ilumina a, já difícil,
parca e rasa, evolução.

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