domingo, 13 de junho de 2010

Exílio

Não sei bem onde foi parar meu lirismo e minha poesia.
Tenho andado por aí, como quem anda chutando pedras e abraçando postes,
sem vontade de encontrar as pessoas mais especiais pra mim.
Tenho ficado como o vagabundo que olha para as estrelas sem querer contá-las.

Sinto-me num mar.
Sempre penso na vida como um mar.
Estou a oceanos de separação de quem eu poderia encontrar
E não sei que qualidade de dique estanca as minhas vontades.

Meu lirismo risonho e sarcástico, deu lugar para linhas com toques de refúgio,
um exílio escolhido e que agora se faz abominável.
Uma criação fora do eixo da minha concepção.

Mando cartas como quem joga garrafas,
Escrevo como quem conversa
Espero o nada, como quem espera tudo.

E neste o universo eu não me encontro

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