quarta-feira, 17 de março de 2010

Tendencioso ou uma tendência

Hoje o caminhos ao S(o)ul vai falar um pouco sobre o Youtube, um dos sites mais revolucionários que já surgiu. Os números são impressionantes. O site contabiliza mais de 300 milhões de usuários. A cada minuto, 24 horas filmes são disponibilizados na rede e, em 2009, já eram 5 bilhões de vídeo por mês. O mundo inteiro está conectado nele e isso quer dizer muito. Fica então a questão: será o youtube uma ferramenta para criar tendências ou explora-se tendências pelo youtube?

Há um tempo venho observando. Toda vez que acesso o site, ele me loga automaticamente. Dessa maneira, de entrada, ele me oferece uma série de sugestões de filmes que se adaptam ao meu perfil de acesso. Algumas coisas são desconexas, porém outras correlatas. Mas o que muito me chamou à atenção é que sempre aparecem filmes na listas que posteriormente se transformam em mercadorias reais. Vou explicar alguns exemplos pra ficar melhor o que quero dizer.

No fim de 2009, começou a pipocar filmes sobre o Ayrton Senna e suas brilhantes vitórias. Semanas depois, a tevê anuncia que o Bruno Senna seguirá os caminhos do Tio. Depois, apareceram muitos filmes sobre os trapalhões: Recentemente a Sony relança os álbuns dos Originais do Samba, grupo de samba em que o Mussum participava. Vídeos da Maria Rita surgiram e na sequência ela lançou um CD.

Uma tendência ou é tendencioso mesmo?

A questão é que isso não entra como link patrocinado, vai ali num bolo inusitado. Aparece de mansinho e dignifica a busca até que um belo dia: Boom! Qual será o próximo lançamento? Será que a internet é mesmo uma ferramenta que dá liberdade à exploração? Será que o que encontramos por aí, não são pistas que nos levam ao castelo da bruxa?  Se for isso, o caso é muito sério, pois esse movimento disfarçado, gera um inconsciente coletivo que responde muito bem para quem tiver interesses nele. Fatalista? Talvez. Mas pode ser que a grande ideia que você teve, não seja sua. Talvez seja o sopro de alguém.

Considero também o caminho inverso: transformou-se em mercadoria porque o site cria tendências que vem do próprio público. 

Juro que ainda estou sem resposta, mas que esse youtube me deixou meio ressabiado, ah isso deixou.

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