Era assim.
A contradição era o que ligava.
O que encantava era o desarranjo.
Nessa estrada bifurca,
Não existia o caminho certo,
Pois se ao céu convergisse o ateu,
o desafio de amar o contrário morria
e o amor que até então existia,
vazava pelas latrinas da paz.
Por outro lado, se no inferno continuasse o gajo,
com seus pecados tão atrativos aos olhares da moça,
as morais limitariam seus encontros
e viveriam eternamente um desarranjo.
Era assim.
Não eram somente segredos,
eram contrasensos de fato.
Distorções da realidade em busca do belo.
O belo, por sua vez, andava nu,
e quem se vestia de preto era o pecado, a infinita maçã mordida.
Era assim.
Dialogava com a rua.
Tomava cachaça com o diabo, desdenhava o divino
deixando o corpo responder sem mistério.
Andava por aí desligado e sério, complexo...
Era assim que foi.
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