segunda-feira, 13 de julho de 2009

Semi cerrado

Sentimentalidades
resumindo: (sem)[ti]mentalidades.

Às vezes paro para pensar e vejo como a vida se compilou, durante anos, em sentimentalidades.
Nada muito fora do normal (do normal dos sonhadores)... Sempre foi apenas essas de viver cantando à toa.
Quando desviado de minhas infinitas razões, percebo-me entorpecido das loucas viagens mentais, a música se apresenta em qualquer estreito sonoro... Do fósforo que se acende no atrito à abelha que rumina o mel. Tudo é som de nobreza simples, tudo é som.

A parte de minha sentimentalidade que não se perdeu nos abismos, por não se permitir os excessos da vida bandida, foi a música, que escorre de qualquer fresta. Quando louco, no mais profundo silêncio, o que escuto são os silvos de minha atmosfera impertubável. O silêncio de fora não é nada para o que acontece internamente. Cerro os olhos e viajo infinito por mundos feitos de notas musicais e rostos desnudos...

Depois da hecatombe de um coração partido, o que descubro é o gostoso silêncio de meus próprios gritos.

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