sábado, 4 de julho de 2009

Passos salinos

Num arrombo de sentidos e gestos, vejo novamente os meus versos, fruto de uma natureza triste e buliçosa, erguer-se de uma superfície de alegria e me sugar a tinta nesse pequeno caderno.

Nesse período que tanto praguejei os versos por estar sobre um véu de amor próprio e alegria, preferi outra qualidade de letra, que não abandonava o lirismo, mas que surgia com uma forma mais quadrada e com sentido menos oculto.

Esses pequenos textos de amor perdido, que dificilmente ganharão leitores por minha característica turrona e egoísta, se faz novamente num capricho.
Poesia sem versos, mais à prosa que à rima, vem lá do fundo sempre pra falar do amor que tive e que hoje me falha.

Isso não me é novidade e o que sinto é apenas uma contestação do meu estilo velho e saudoso.
Quando alegre faço apenas divertimento que são poesias sem a característica que sempre vemos.
Quanta desilusão faz a vida com força de escrever. Queria eu, francamente, nunca mais escrever poesias e largar esse caderno para sempre. Mas, a fim de coroar a minha estranha natureza, merecedora de um bom tapa, ela ressurge com a sórdida frase "eu te avisei".

Reconheço a queda. Eis a hora da poesia. Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.
Seja bem vinda tristeza maldita. Que outros leiam a flor que surge de meus estrumes, ou que morra sem leitores.

Assim é a vida
Assim é a minha vida.

Um comentário:

  1. Porra, que bad...ahh, vamo pro bar tomar uma cachacinha pra animar vai? Não vou falar dos seus problemas porque você já sabe quais eles são, ao contrário, nem escreveria..então posso te proporcionar algumas horas de alegria?

    Aliás, vamos almoçar fora hoje?
    bjs.. adoro você viu!

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