sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Letras e linhas

Em viagens, traçava sobre a beleza das linhas
Sobre a beleza que os bons poetas, que os exímios escritores, têm.
Hoje pela manhã, ouvindo Guinga, fiquei de cara como ele e Aldir Blanc, parceiro antigo de outros fantásticos cantores, entre eles João Bosco, conseguem compor letras, que te pegam numa síncope e que faz bem ao coração;
"Mas sou brasileiro
E o que é derradeiro
Tem gosto de um dia banal como a terça-feira" - letra de Quermese
 
Coisas assim, simples, mudam nosso jeito de escrever. Ainda mais adiante recebo uma espécie de poesia da hermana, cheia de saudades de carnavais. Novamente as linhas fazendo forma.
 
Suavemente leia esse trecho sem a pretensão de entender muito, apenas sinta a suavidade:
 
"De Lautrec pegar
A Inglesa do star,
O can-can do Moulin e o circo
E a dança de Marcelle
Acende ma chandelle,
Eu rodo por Paris bebendo,
Beijo Jane Avril." - Letra de Impressionados - Guinga e Aldir Blanc
 
Cantada por Chico Buarque, a coisa ganha ainda mais refinamento, e vira um mundo franco que dá gosto de ler, ouvir, sentir. Escrever é transformar signos inanimados em sensações. Coisas que prazerosamente gozam, os que prazerosamente gozam as belezas da língua.
 
Fecho esse post com a estrofe que mais me agrada nessa músíca e, creio, chamará a atenção de você também.
 
"E quando amanhecer
Um toque só de sol
Reunirá os dois destinos
E rindo igual a meninos
Tocados pelo mar
Nós vamos descansar
Ouvindo os sinos!" - Letra de Impressionados - Guinga e Aldir Blanc
 
Se quiser eu mando a música.
 
 

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