segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Por um fio

Por um fio
fiquei estatelado sem mover uma unha.
A mão direita segurava a esquerda e não conseguia olhar um milímetro para o lado.
 
Não, nem um milímetro. Nada.
E voei.
 
Olhei pra ela e me perguntei tantas coisas
Se era isso que eu realmente queria?
Será que essa neutralidade que tive até hoje não era boa?
Poderia talvez me juntar a ela, sem precisar me esconder?
 
E voando por cima daquele povo todo, somente conseguia olhar para seus olhos
e nesses olhares tentava explicar a Iliada inteira, mas confesso dizer mais que era possível entender.
 
Jesus, quanta mudança... já não sei quem sou.
A nulidade agora me é boa.
Preciso pensar e quem sabe conversar um pouco
 
Voltei pro chão e estava no mesmíssimo lugar.
Quanta pressão. Como o verbo se transforma em pequenas agulhas.
 
Mas não.
Sei que amo e que faria isso pelo amor
Não por mim, não por Ele, sim por ela.
 
Por que existem tantas convenções?
Novamente essa iquisição.
Ouvindo Elomar encontro ligeiras respostas.
Fragmentos das minhas emoções.
 
 

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