sábado, 16 de outubro de 2010

O Homem da rua

Imagem: Thiago Lupo
Ali tinha uma casa em cima da outra. Ce tá veno naondi tem um pixo amarelo? Ali, mano escrito Sabotage? Então, ali era um barzinho qui nóis ficava... tinha sinuca e tudo. Falaram que íam dar um dinheiro pra nóis deixar o lugar, mas se barraco valesse alguma coisa, não se chamava barraco, né nego... hahahaha... deram um barão pra nóis mas isso não paga nem um meis de aluguel aqui no brooklin. Ce trabalha por aqui né? Acho que o que estragou mesmo o Espraiada foi essa ponte, porque antes nóis era nada, mas co’ela nóis passamo a ser visto. Dá um cigarro desse seu pra mim? Acabou de queimar um incêndio ali na favela do real parque, ce viu? Viu não? Como não, foi na frente da globo, num foi não? Então, depois do pixo amarelo tinha um zinco, tá veno alí? Bem ali memo! Morava lá.

2 comentários:

  1. e hoje nois pega...

    foda nego, todo o retrato, foda, de arrepiar...

    Parabéns aos...

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  2. Canta comigo essa prosa:

    Problema Social
    Composição: Guará / Fernandinho

    Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
    Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
    E nem o bom menino que vendeu limão
    E trabalhou na feira pra comprar seu pão
    E nem o bom menino que vendeu limão
    E trabalhou na feira pra comprar seu pão
    Não aprendia as maldades que essa vida tem
    Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
    Juro que eu não conhecia a famosa funabem
    Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
    É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
    Se eu pudesse eu tocava em meu destino
    Hoje eu seria alguém
    É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
    Se eu pudesse eu tocava em meu destino
    Hoje eu seria alguém
    Seria eu um intelectual
    Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
    Muitos me chamam pivete
    Mas poucos me deram um apoio moral
    Se eu pudesse eu não seria um problema social
    Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
    Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
    E nem o bom menino que vendeu limão
    E trabalhou na feira pra comprar seu pão
    E nem o bom menino que vendeu limão
    E trabalhou na feira pra comprar seu pão
    Não aprendia as maldades que essa vida tem
    Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
    Juro que eu não conhecia a famosa funabem
    Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
    É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
    Se eu pudesse eu tocava em meu destino
    Hoje eu seria alguém
    É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
    Se eu pudesse eu tocava em meu destino
    Hoje eu seria alguém
    Seria eu um intelectual
    Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
    Muitos me chamam pivete
    Mas poucos me deram um apoio moral
    Se eu pudesse eu não seria um problema social

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Não me procure se não for importante