quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Já que fez cem anos...

Fogos de artifícios, shows e uma convocação para que todo corinthiano vista a camiseta do coringa, marcam o dia 1º de setembro, data em que se comemora o centenário do Esporte Clube Corinthians Paulista. Essa manifestação de amor por um clube de futebol é uma das marcas registradas do brasileiro que, sem ser realmente preciso, canta, grita, chora e se desespera pelo futebol.

É tão curiosa essa relação de amor pelos times e pelo futebol, que, por vezes, beira o abismo. Ontem um colega do trabalho disse que a esposa pretende ter filhos no ano que vem. De pronto ele respondeu: Olha é melhor não, pois veja; a copa do mundo acontecerá em 2014, nesta época a criança terá uns 3 anos e será impossível levá-la ao estádio. Risos. Ele pode não ter falado sério, mas que falou, falou. Outra cena estranha rolou no youtube. Uma criança de quatro anos chora melancolicamente porque o Corinthians perdeu um jogo. Aos prantos, ela murmura que o timão não devia fazer isso com ela e que a derrota era uma injustiça com quem sempre o amou. Estranho, não? se ela antropomorfizou o time, imagine o que se fará com o marido... 

Uma outra história ótima chegou para mim enquanto escrevia o post. O rapaz disse que sua esposa era uma sacana, pois, hoje, no dia do "glorioso" timão, ela  colocou todas as camisetas do corinthians para lavar. Puto, ele saiu de casa jurando que nunca mais se casaria com uma palmerense. hahahahah

E é assim que caminha as coisas aqui na agência. Os são paulinos são chamados de bamby, alcunha nem um pouco alusiva ao veado da Disney, corinthianos de favelados, palmerenses de porcos e por aí vai. Só não há o que dizer do rapaz que torce pro Botafogo, porque, em São Paulo, o alvinegro carioca está mais pra café com leite que pra discussão. Mas em todo o Brasil é essa luta. Em dias de jogos a cidade tem que ser dividida em dois; Uma torcida tem que ir pela rebouças e outra pela sumaré. E quando é final de campeonato, a massa toma a avenida paulista e o fuba engrossa. O sujeito fica corajoso, se atira na frente dos carros, faz o trânsito parar, abraça o morador de rua... enfim, tudo muda, mas é só naquele dia.

Se não fosse demasiado engraçado seria bem trágico. Como ainda se procura o sentido da vida, nada mal bandear por essas margens (pl)ácidas. Claro que há outras coisas estranhas que trafegam no mesmo sentido do futebol, como religião, os meios de comunicação de massa, a política e a corrupção, mas esses são temas para um outro post.

Um comentário:

Não me procure se não for importante