Não tinha como escapar desta longa realidade.
Por algum motivo todos os seus gestos de bondade caminhavam para um mesmo precipício. E era exatamente isso que ela não entendia: Não compreendia como poderia ser a vida se não fosse pelo amor. Mas Há tantas coisas além do amor na vida. É preciso tanta raiva e tanta desilusão para entender cada centelha deste amor. Mas, com o medo do risco, não se arriscava nem um milímetro e quando o fazia, fazia-o com olhos longes, vazios e fugidios. Como se aquele gesto viu não fosse por ninguém percebido, nem por ela, nem por Deus nem por ninguém. Mas essa falta de entrega que tanto o ser humano tende a compartilhar, em busca de uma sanidade tão inexistente e tão desbaratada, não resolve os grilos. Assim a dor, tão bondosa para com os processos metamórficos do ser, não existe... consequentemente não há transformação. E sem transformação só a abismo. Um abismo que se abre em seus pés.
Rogerio, adorei seu livro...PARABÉNS
ResponderExcluirEstou esperando o proximo....