quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O Barro

O barro ficou marcado, aonde a boiada passou...
Meu coração é isso agora.
Um forma marcada pelos passos de outro ser.

A alma está marcada
o corpo está cansado
a mente buliçosa..
a voz entrecortada.

Inúmeras foram as lágrimas
Tanta água, tanta chuva
Tanto inverno.
Que não se conta..
Mesmo diante de tantas
lembro dos verões lá em casa.
Dos travesseiros molhados,
cama bagunçada.

E não há erro
Há caminho... ah se fossem os mesmo
Ah se andassem juntinhos
Se um calado sentisse o medo
e o outro, do outro lado do mundo
choramingasse sozinho.

Ai que moral desumana
que vontade de matar o mentor
que inventou o céu, a mata e a cabana
que escureceu o sentido íntimo
que inventou a maçã
que aprisionou tantos filhos
que criou o bem e mal e me deixou ilhado.
Ah inventor danado...

Estou marcado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não me procure se não for importante