quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Movimento Sem Terra

A questão é que eles só olham para o movimento sem terra quando eles ficam putos. Só escutam os caras quando eles dão tiros. A mídia sai como louca quando eles derrubam as laranjeiras. Isso me lembra aquele trocadilho onde se diz que "veem as pingas que eu tomo, mas não veem os tombos que eu levo".

Não é aqui um espaço pra favorecer nenhum ato, mas continuam tentando derrubar um movimento - honesto, justo e reconhecido mundialmente -, com cortes secos nas imagens. Esqueceram-se de José Rainha, morto por grileiros? Você sabe exatamente o que é grilagem? quem contrata esses bandidos? o que eles fazem? Procure saber e se pergunte, porque o movimento dos sem terras não estão grilando terras? Eles querem o que é justo para a nação. E é justo ver o povo comer o que planta. Procure ler As vinhas da ira, de John Steinbeck para entender o que representa a terra para quem é do campo. É tão desumano quanto um asfalto cheio de buracos quebrando as molas do carro do urbano.

Está faltando boas matérias no jornalismo dona Veja, dona Época, dona Folha de São Paulo, Senhor Estado de São Paulo e mãe rede Globo de Jornalismo. Matérias que acompanhem o dia-a-dia do movimento. Que olhem para os atos de maneira completa. Sem terra não é bandido. Não é rebelde sem causa. É um povo honesto que está cobrando do governo o direito de plantar e colher. Fiquemos mais atentos aos noticiários. Os fatos existem, mas tem mais história não contada por trás dos malditos cortes secos.

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